quinta-feira, 19 de março de 2015

Ingratidão. Quem nunca?

Sabe queles dias em que o corpo parece pesar demais?
Aqueles dias em que ficar em pé é tão difícil, e então a gente senta. Senta lembrando o descaso, o esquecimento. Logo ele? Logo ela?  Um nó na garganta que faz a fala não ter som ... Quanta ingratidão! 
Pois então, quem nunca?
E em um dia como esse, o coração fica "amarrotado". Fica tão espremidinho que nem batendo ele bate mais, só estremece. 
Que triste! Como as pessoas esquecem o bem que lhes foi feito. Coração duro,viu!
E então, bora começar a  lembrar do quanto me dediquei, me esforcei, dei o melhor do meu tempo, o melhor do meu melhor. 
Que cena! Existem momentos da vida que dói  como se fosse doença, mas não é. Dói como se tivesse apanhado, mas.... , fui apanhado de surpresa. A surpresa triste de não ser surpreendido pelo bem, mas pelo mal. E que mal? O mal do coração seco. É a síndrome dos distraídos.  Dos que se distraem de amar. Distraem de querer bem. Distraem de ajudar. Distraem de ser ponte, de ser pão, de ser semente.
Mas o que aconteceu com esses distraídos?  Eles distraíram-se com o espelho, com a mídia, com o "self".  Distraíram-se  com o tirano mundo "eu". 

Depois de um tempinho de pausa entre o choro e a oração, o coração já dá sinais vitais de caminho. Vai batendo mais direitinho. 
Bendita seja a pausa. Mas a pausa pra oração. 
Com um tempinho de prosa com o Senhor e Salvador, consigo perceber na conversa que ele sabe quem eu sou, quem são todos e o que é dor. 

Na conversa me aquieto e percebo que eu também, não sou perfeita e um dia já feri o coração de alguém. 

Como resolver a questão?
Choro de raiva e mágoa, ou choro pedindo perdão?

Vou juntar-me ao grupo dos distraídos, olhando o meu, o eu e o em mim?

Ah não!

Escolho partilhar a melhor parte, fazer pontes, jogar sementes e cuidar do meu jardim.


Por Iracema Claro.









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