Sabe queles dias em que o corpo parece pesar demais?
Aqueles dias em que ficar em pé é tão difícil, e então a gente senta. Senta lembrando o descaso, o esquecimento. Logo ele? Logo ela? Um nó na garganta que faz a fala não ter som ... Quanta ingratidão!
Pois então, quem nunca?
E em um dia como esse, o coração fica "amarrotado". Fica tão espremidinho que nem batendo ele bate mais, só estremece.
Que triste! Como as pessoas esquecem o bem que lhes foi feito. Coração duro,viu!
E então, bora começar a lembrar do quanto me dediquei, me esforcei, dei o melhor do meu tempo, o melhor do meu melhor.
Que cena! Existem momentos da vida que dói como se fosse doença, mas não é. Dói como se tivesse apanhado, mas.... , fui apanhado de surpresa. A surpresa triste de não ser surpreendido pelo bem, mas pelo mal. E que mal? O mal do coração seco. É a síndrome dos distraídos. Dos que se distraem de amar. Distraem de querer bem. Distraem de ajudar. Distraem de ser ponte, de ser pão, de ser semente.
Mas o que aconteceu com esses distraídos? Eles distraíram-se com o espelho, com a mídia, com o "self". Distraíram-se com o tirano mundo "eu".
Depois de um tempinho de pausa entre o choro e a oração, o coração já dá sinais vitais de caminho. Vai batendo mais direitinho.
Bendita seja a pausa. Mas a pausa pra oração.
Com um tempinho de prosa com o Senhor e Salvador, consigo perceber na conversa que ele sabe quem eu sou, quem são todos e o que é dor.
Na conversa me aquieto e percebo que eu também, não sou perfeita e um dia já feri o coração de alguém.
Como resolver a questão?
Choro de raiva e mágoa, ou choro pedindo perdão?
Vou juntar-me ao grupo dos distraídos, olhando o meu, o eu e o em mim?
Ah não!
Escolho partilhar a melhor parte, fazer pontes, jogar sementes e cuidar do meu jardim.
Por Iracema Claro.
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